A pele seca e áspera é o sintoma mais comum do eczema atópico, frequentemente causada pela incapacidade de retenção da água aliada à produção insuficiente de sebo e suor.

O sintoma mais marcante é, no entanto, a comichão, por vezes, com maior expressão durante a noite. A comichão ou prurido é mais notória com a transpiração, acompanhando lesões que podem apresentar descamação.

Somadas, estas características levam os doentes, e sobretudo as crianças, a coçar permanentemente as áreas afetadas, pelo que a pele é frequentemente escoriada, podendo originar cicatrizes graves e sem tratamento. São frequentes, também, as perturbações do sono. A maioria dos doentes passa por fases de remissão alternadas, com momentos de exacerbação dos sintomas, em que a vermelhidão, secura e comichão causados são mais intensos.

Por outro lado, a pele afetada pelo eczema atópico perde a capacidade barreira na perda de hidratação e facilita a entrada dos agentes patogénios e alergénios. Então, mesmo quando a pele apresenta um aspeto normal, persiste uma inflamação assintomática, que desencadeia uma reação exacerbada assim que o doente entra em contacto com um agente desencadeante.

Entre os 4 e 20 meses

As primeiras manchas aparecem na face, sobretudo nas regiões malares. Possibilidade de aparecimento de manchas nas pálpebras e nuca, punhos e pregas dos cotovelos que, em casos raros, podem disseminar-se por todo o corpo. As lesões são avermelhadas e ásperas, e progridem para pequenos inchaços, com crosta e descamação. Pode haver risco de infeção secundária.

Infância

As lesões são mais secas e a pele afetada torna-se mais espessa, formando placas, normalmente nos cotovelos, joelhos e tornozelos. Por vezes, existem também áreas de pele despigmentadas, finamente descamativas, na face e membros superiores.

Adolescência e fase adulta

As manchas estão disseminadas, afetando de forma geral a fronte, as pálpebras, o pescoço, as pregas dos cotovelos e joelhos, os pulsos e a parte dorsal das mãos e pés.