Os óculos de sol, para serem eficazes, têm de absorver 100% da radiação ultravioleta (UVA e UVB).
Sabemos que a capacidade de absorção da radiação ultravioleta depende da espessura da camada de ozono da atmosfera e que, como esta se tem modificado, para além das medidas de higiene relacionadas com a exposição solar, o reforço da protecção dos olhos tem-se tornado mais exigente.
A actividade profissional, o número de horas de exposição diária, a altitude e a nossa localização geográfica devem influenciar a escolha dos óculos, quer na forma e dimensões, quer no tipo e cor das lentes. Para além da radiação solar directa, é muito importante evitar a radiação indirecta com origem em superfícies reflectoras e das que resultam da dissipação de poeiras ou gotículas de vapor de água da atmosfera.
A exposição prolongada à luz solar afecta as diferentes camadas do globo ocular, originando diferentes patologias, algumas reversíveis como as queratites superficiais, outras progressivas como as cataratas e as doenças degenerativas da retina. Por isso, a compra de óculos de sol deve ser personalizada e contar com a ajuda de um técnico de óptica para que tenha a certeza de que os seus óculos são seguros e adequados às suas necessidades.
Texto: António Folgado (oftalmologista)
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