Nos últimos anos, aumentou o número de pessoas que ouvem música enquanto desenvolvem outras atividades. Todavia, até 10% das pessoas que ouvem mp3 em aparelhos com auscultadores regularmente correm o risco de sofrer perdas auditivas irreversíveis.

Esta percentagem refere-se às pessoas que normalmente ouvem música durante mais de uma hora por dia com o volume muito elevado, que pode chegar a ultrapassar o ruído que um avião faz ao descolar ou o do tráfego automóvel intenso.

Assim, para prevenir problemas de audição, a Comissão Europeia propôs que o volume máximo permitido para todos os leitores de música portáteis e telemóveis com leitores áudio seja de 80 decibéis (atualmente os leitores de música portáteis podem ir até aos 130 decibéis).

A proposta está agora nas mãos do Comité Europeu de Normalização Eletrotécnica (CENELEC) e pode demorar até dois anos a ser (ou não) aprovada. Até lá, os médicos recomendam não ouvir música a mais de 60% do volume máximo nem usar aparelhos de reprodução musical durante mais de 60 minutos de cada vez.

O que pode vir a mudar

As definições por defeito destes equipamentos devem responder a níveis de exposição seguros. Serão permitidos níveis mais elevados de exposição, desde que sejam intencionalmente selecionados pelo utilizador e o produto disponha de meios de advertência para alertar o utilizador para os riscos.

Os aparelhos devem incluir advertências sobre os riscos envolvidos e as formas de os evitar, em especial quando os auriculares originais sejam substituídos por outro modelo e isso resulte numa exposição a volumes mais elevados e perigosos.