No que diz respeito aos cuidados de higiene, bem-estar e beleza, a lista de “afazeres” femininos é extensa: há que prestar atenção ao rosto, ao corpo e à pele de ambos, às unhas, ao cabelo, à depilação, à alimentação – e os exemplos estão longe de ficar por aqui. No entanto, é fundamental não esquecer também as boas práticas de higiene íntima, imprescindíveis ao conforto e ao bem estar diários de qualquer mulher.

Desde logo, é necessário compreender que a melhor defesa deste órgão genital feminino contra a agressão de fungos, bactérias e outros agentes infeciosos externos, responsáveis pelo desenvolvimento de infeções, está na sua acidez característica. Além disso, esta defesa é assegurada por um “batalhão” de microrganismos que habitam naturalmente na vagina, formando aquilo que é habitual designarmos por flora vaginal.

O equilíbrio da flora vaginal é determinado por um conjunto de fatores como:

  • a idade da mulher
  • fase do ciclo menstrual em que se encontra
  • atividade sexual
  • higiene
  • medicamentos que possa estar a tomar.

Existem, porém, elementos que, ao alterarem a acidez vaginal e, consequentemente, enfraquecerem as defesas, põem em risco esse mesmo equilíbrio: assim acontece com a gravidez, menopausa ou uma higiene íntima deficiente ou excessiva.

Note-se que a flora vaginal contribui ainda decisivamente para a limpeza desta região do corpo, eliminando as células mortas e outros resíduos através de um corrimento que deve ser entendido como natural e necessário. A cor e a espessura do corrimento vão-se modificando ao longo do ciclo menstrual.

Contudo, nem todas as mudanças são naturais: se o corrimento é excessivo, se adquire uma cor diferente e/ou um odor intenso ou se é acompanhado por ardor e comichão,  pode ser sinal de infeção vaginal, o que requer aconselhamento farmacêutico e, por vezes, tratamento médico, como:

→Vaginose bacteriana: corrimento acinzentado ou amarelado, com cheiro desagradável, ardor e vermelhidão.

→Candidíase vulvovaginal: corrimento semelhante a leite coalhado, com ardor e comichão intensa.

→Tricomoníase: corrimento amarelo esverdeado, com odor desagradável e comichão.

Com vista a evitar qualquer distúrbio na flora vaginal, aposte, então, numa rotina eficaz de higiene íntima e não prescinda das habituais precauções contra doenças sexualmente transmissíveis.

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