Um grupo de psicólogos clínicos e cientistas de saúde mental e política das universidades de Sheffield e Ulster e colaboradores de várias universidades inglesas realizaram uma pesquisa psicológica a 2000 cidadãos do Reino Unido com 18 ou mais anos, representativa de adultos em termos de idade, sexo e renda familiar.

Esta pesquisa foi lançada 52 dias após a confirmação do primeiro caso de infeção com o COVID-19 e depois da semana de 23 de março (dia em que o primeiro ministro anunciou o recolhimento em casa). Os participantes responderam a perguntas sobre a sua compreensão do COVID-19, as suas circunstâncias atuais e sobre o que faziam para lidar com a sua saúde mental.

Ao reentrar em contacto com os participantes, nos meses seguintes seriam capazes de observar como as suas experiências, crenças e sintomas de saúde mental mudavam conforme o avanço da pandemia.

Uma das conclusões sobre quantas pessoas sofrem de sintomas psicológicos no dia 24 de março foi que 38% reportaram sintomas significantes de depressão e 36% reportaram sintomas significantes de ansiedade. No dia anterior ao comunicado, 16% reportaram sintomas significantes de depressão e 17 % de sintomas significantes de ansiedade.

Ao longo da semana, o estudo descobriu que 25% das mulheres e 18% dos homens apresentavam sintomas clinicamente significativos de ansiedade, 23% das mulheres e 21% dos homens apresentavam sinais de depressão, e 15% das mulheres e 19% dos homens estavam stressados.

Estes resultados são elevados em comparação com os de pesquisas semelhantes de antes da crise do coronavírus, como o Inquérito de Morbilidade Psiquiátrica Adulta (no qual 15,7 por cento relataram distúrbios psiquiátricos comuns), mas não de forma tão dramática. Este estudo da Universidade de Sheffield está disponível na íntegra através do Google Docs.

A atenção plena no bem-estar

Uma equipa de investigadores da Universidade de Flinders, na Austrália, revelou que certas características da atenção plena são muito evidentes em pessoas mais velhas do que em pessoas mais jovens. “Isso sugere que a atenção plena pode desenvolver-se naturalmente com o tempo e com a experiência de vida”, adianta o professor Tim Windsor.

O artigo científico, recentemente publicado no Aging & Mental Health, foi elaborado com base numa pesquisa online que envolveu 623 participantes, com idades compreendidas entre os 18 e os 86 anos. “O significado da atenção plena para o bem-estar também pode aumentar à medida que envelhecemos, nomeadamente a capacidade de nos concentrarmos no momento presente e de abordarmos as experiências de maneira não julgadora”, acrescenta o cientista, citado pelo EurekAlert. Estas características são úteis na adaptação aos desafios relacionados com a idade e na geração de emoções positivas.

A atenção plena é a capacidade humana natural de estar ciente das próprias experiências e prestar atenção ao momento presente de maneira propositada, recetiva e sem julgamento. O uso de técnicas conscientes pode ser fundamental para reduzir o stresse e promover resultados psicológicos positivos.

Mahlo acredita que as habilidades de atenção plena podem ajudar a criar bem-estar em qualquer idade. A investigadora refere que ter consciência dos nossos pensamentos e prestar atenção ao momento presente de maneira aberta e sem julgamentos pode impedir que nos concentremos no passado ou nos preocupemos com o futuro de maneiras inúteis.

Segundo alguns estudos, as técnicas de relaxamento e dessensibilização sistemática fizeram melhorar o desempenho; mas os maiores efeitos positivos neste particular foram causados pelo treino de atenção, terapia de insight, e treino para lidar com ansiedade.

Com a técnica por nós utilizada e que designamos por “hipnose clínica” ou “treino mental”, verificamos ter uma ferramenta muito eficaz para ajustar e canalizar as emoções de uma forma breve e equilibrada, uma vez que permite, de forma segura, e através do relaxamento e imagética obter um contato estreito com a realidade emocional.

A taxa de sucesso aproxima- se dos 85% nomeadamente no tratamento de fobias, medos, ansiedade, gestão do stresse, melhoria da concentração, desenvolvimento pessoal, ansiedade de performance, assertividade, autoestima, entre outras perturbações.

Ao longo dos séculos, a hipnose foi revelada por diferentes visões, dependendo de cada momento histórico, mas ainda hoje guarda sinais de concepções antigas acerca de sua significação e efetiva contribuição para a prática clínica, tanto médica quanto psicológica.

A associação com espetáculos faz com que ainda hoje a utilização da técnica de hipnose sofra consequências

A preocupação com o bem-estar num mundo cada vez mais agitado, onde as pessoas se vêm sobre preocupadas pelo consumo, relações de trabalho, etc. faz com que a Psicologia volte os olhos para a humanidade como forma de encontrar outros recursos que levem a um equilíbrio entre as exigências da vida moderna e o equilíbrio emocional e por consequência a redução do sofrimento.

Neste sentido, a hipnose tem-se revelado uma ferramenta valiosa, justificando o seu lugar como terapia complementar, atuando na mente humana, mudando comportamentos e promovendo a remissão de diversas patologias tanto físicas como emocionais como por exemplo o alívio da dor, estados depressivos, ansiedade, burnout, auto-estima, auto-afirmação, etc.

A Hipnoterapia usa a hipnose como meio para conduzir a terapêutica, potenciando os recursos que cada pessoa tem para chegar à resolução dos seus problemas.

Em transe hipnótico a pessoa vai-se sentido cada vez mais relaxada, descontraída, tranquila e os sentimentos de calma, serenidade, segurança e conforto vão-se generalizando a todo o corpo, mente e espírito. A par, a diminuição do lado crítico e racional, permite que a pessoa se vá desligando, aumentando a sua concentração e o seu nível de consciência.

Esse estado de transe hipnótico tão confortável facilita o acesso a sentimentos, pensamentos, crenças e atitudes, alguns que precisam ser revividos, compreendidos ou alterados.

Tomando contacto com o que verdadeiramente somos, pensamos e sentimos e confiando no terapeuta conseguem-se orquestrar os recursos necessários para desenvolver o processo de trazer o bem-estar e a felicidade para a nossa vida.

São incríveis os talentos e recursos que se descobrem em cada um ao entrar em intimidade com o seu eu mais profundo.

Autor: José Luís Correia/Brahmi Wellness