A anorexia afecta principalmente mulheres jovens entre  os 12 e os 18 anos. Na sua maioria são pessoas meticulosas e compulsivas, com metas muito altas de realização e de êxito pessoal.

Esta doença consiste num distúrbio alimentar que conduz à perda excessiva de peso e à fraqueza extrema por falta de alimentação. O paciente tem medo de engordar e vê o seu corpo de um modo distorcido, sentindo-se gordo quando está magro.

Causas

Não existe uma causa única para o desenvolvimento da anorexia nervosa. Esta surge de um conjunto mais ou menos complexo de factores psicológicos, sociais e culturais, havendo ainda alguns estudos que apontam para uma predisposição genética (fisiológica e mental).

Sintomas

Preocupação excessiva com a quantidade de comida ingerida (dieta muito restritiva), associada, muitas vezes, à prática intensiva de exercício físico, motivada por uma obsessão pela imagem e pelo peso.

Paralelamente, verifica-se um emagrecimento acentuado que não é reconhecido pelo doente – continua a sentir-se gordo e resiste ao tratamento. Cerca de 50 por cento dos doentes comem «normalmente» e a seguir provocam a si próprios o vómito ou tomam laxantes ou diuréticos – bulimia.

Tratamento

Um médico, um endocrinologista, um psicólogo e um nutricionista trabalham em conjunto para que o paciente corrija a sua desnutrição, recupere hábitos alimentares saudáveis, variados e completos, reestruture a percepção de si mesmo e aumente a sua auto-estima.

Consequências

A massa óssea é reduzida bem como a velocidade de crescimento do corpo e a dinâmica intestinal. As unhas e o cabelo deterioram-se e, nas mulheres, normalmente, a menstruação passa a ser irregular ou desaparece por completo.

Quando a desnutrição é grave, acaba por afectar os principais órgãos, podendo até provocar morte súbita devido ao aparecimento de ritmos cardíacos anormais.

Família e amigos

A depressão é habitual. As pessoas com esta perturbação mentem acerca do que comem e escondem os seus hábitos alimentares. As pessoas mais próximas devem estar atentas, dando afecto e apoio mas controlando as mentiras, as súplicas e os «truques» que o paciente adopta para não ter de comer.

Para saber mais, contacte a Associação dos Familiares e Amigos dos Anorécticos e Bulímicos (AFAAB):  213 951 147 ou 222 000 042.