Maria Alice Pereira, operadora de caixa num hipermercado nos arredores do Porto, deixou de comer carne vermelha depois das alarmantes notícias que associavam a ingestão deste alimento a problemas de saúde e cancro. «Hoje, só como carne de aves e faço-o poucas vezes por semana», assegura, convicta de que faz hoje uma alimentação mais saudável. Mas será que este novo radicalismo também não será excessivo?
«O consumo de carne está associado a diversos nutrientes, entre os quais proteína, gordura, vitamina B12 e ferro. Embora, seja preferível optar pela carne de aves, com menor teor de gordura que a vermelha, é recomendado o consumo deste tipo de carne, de corte magro, até duas vezes por semana», esclarece Liliana Oliveira, dietista, membro da Associação Portuguesa de Dietistas.
«Como o seu teor de ferro é superior comparando às carnes brancas, leguminosas e legumes de folha verde escura, indivíduos propensos a desenvolver anemia não devem eliminar o consumo de carnes vermelhas. Se os valores de hemoglobina estiverem normalizados e optar pelo consumo de outras fontes proteicas, de ferro e de vitamina B12, como peixe, ovos, laticínios e leguminosas, o consumo exclusivo de carne de aves não deverá ter contraindicações», defende.
«De modo a garantir a inexistência de carências nutricionais, é aconselhável a vigilância médica», adverte, contudo, a especialista. Para saber o que deve fazer para deixar de ingerir este alimento de uma vez por todas, clique aqui. Se pretende reduzir a quantidade de carne que ingere regularmente para fazer uma alimentação mais sã, veja onde ir buscar a proteína que precisa de ingerir.
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