O cancro do pulmão é a doença oncológica com maior mortalidade no mundo. Em Portugal, os dados existentes indicam que são diagnosticadas 14 pessoas com cancro de pulmão, ocorrendo, também, 11 mortes, por dia.
Os últimos anos têm sido muito ricos no avança do conhecimento desta patologia, trazendo uma esperança reforçada a quem se defronta com este diagnóstico, traduzida em mais e melhor qualidade de vida para estes doentes.
Não obstante, os resultados obtidos têm ficado ainda aquém do desejado, em grande medida pelo facto de o diagnóstico ocorrer, em grande número de casos, em fase avançada da doença.
Para tal contribui, desde logo, a inexistência de um programa de rastreio populacional, situação que procuramos ativamente que venha a ser alterada, estando a trabalhar para que surja em Portugal.
Entretanto, os sintomas iniciais podem ser leves, sendo frequentemente confundidos com o agravar de sintomas pré-existentes, no caso dos fumadores. Quando não fumador, existe ainda a ideia, em alguns de nós, de que o cancro do pulmão só ocorre em fumadores.
Contudo, se bem que a larga maioria dos casos ocorra em fumadores ou ex-fumadores, surge também em pessoas sem hábitos tabágicos.
Assim, a valorização de eventuais sintomas é fundamental para possibilitar um diagnóstico atempado, em que novas abordagens de tratamento são possíveis.
Vale a pena escutar os sinais que o seu corpo lhe envia e não os desvalorizar, procurando ajuda por parte dos cuidados de saúde.
Um artigo de Isabel Magalhães, Presidente da Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão.
Comentários