Sabe por que é que come da maneira que come e por que é que faz as escolhas alimentares que faz? Ao contrário daquilo que parece óbvio e indiscutível, não é a fome que define as nossas escolhas alimentares.

Na maior parte das vezes, para não dizer sempre, existem fatores externos condicionantes que (quase) nos impelem a isso.

Comemos aquilo que comemos e na quantidade em que o fazemos, não porque sentimos o estômago vazio, mas por causa da família, dos amigos, das embalagens, das distrações, dos desentendimentos amorosos, daquele relatório que ainda não conseguimos terminar, ou até mesmo, do perfeito desconhecido que está a comer ao nosso lado.

No entanto, geralmente estamos perfeitamente inconscientes daquilo que influencia a comida que pomos no prato. Se o soubéssemos talvez pudéssemos comer um pouco menos, de forma mais saudável e ter mais prazer à mesa.
É esse o nosso objetivo para si.

Fãs de pão e massas

Se é viciada nestes alimentos
experimente substituir o pão e a massa
de trigo pelas variedades integrais, de
centeio, aveia, cevada, arroz, quinoa e
milho. Estas provocam uma maior
saciedade, são ricas em vitaminas e
minerais e regulam o trânsito intestinal.

Adeptas de carne

Opte pelo consumo de carnes brancas,
como a de frango, peru e coelho
(retirando toda a pele), uma vez que
estas apresentam teores de gordura
inferiores e um perfil de gordura mais
saudável, insaturada, que induz o
aumento do bom colesterol.

Loucas por queijo

O queijo fresco e o requeijão, com
um teor de gordura e sal inferior aos
restantes,
são as melhores opções.
Por serem frescos e não-maturados têm
uma biodisponibilidade
dos nutrientes
superior.
Entre os queijos maturados e
curados, o flamengo é a melhor opção,
de preferência até 20 por cento de
matéria gorda.

Apaixonadas por fritos

O azeite por ser a gordura que
tolera temperaturas mais altas sem
se degradar, é a melhor opção
para fritar, seguida do óleo de
amendoim. Dentro dos alimentos
fritos, o peixe e a carne são
as opções com maior interesse
nutricional. Os rissóis e os
croquetes por terem maior valor
calórico são as piores opções.

Viciadas em doces

Livre-se do vício dos doces, equilibrando
os níveis de açúcar no sangue.
Coma várias vezes ao dia, em pequenas
quantidades e substitua os doces por
hidratos de carbono complexos, como
o arroz integral, que são absorvidos
lentamente e se mantêm durante mais
tempo na corrente sanguínea.

Saber comer

Estas são algumas das regras que deve aprender a seguir:

- Coma quando tiver fome

- Coma os alimentos que o seu corpo pede

- Descubra porque come quando não tem fome

- Saboreie cada pedacinho

- Pare de comer assim que estiver satisfeita

Texto: Vanda Oliveira com Brian Wansink (psicólogo da nutrição), Carla Ferreira (nutricionista), Célia Francisco (psicóloga), Humberto Barbosa (nutricionista), Judith Beck (psicóloga e especialista em terapia cognitiva)