É um facto que o leite é o alimento base da dieta, especialmente para as crianças. Mas a verdade é que há muitas pessoas que não podem desfrutar dos seus benefícios por sofrerem daquilo a que se chama intolerância à lactose.

Trata-se da incapacidade de digerir a lactose, o principal açúcar do leite e da maioria das fórmulas infantis feitas à base de leite.

Essa intolerância decorre de uma deficiência ou da ausência da lactase, um enzima intestinal que permite decompor o açúcar do leite em hidratos de carbono mais simples, logo melhor absorvidos pelo organismo. Na maioria das vezes, a deficiência da lactase aparece gradualmente a partir dos dois anos, mantendo-se ao longo da vida. É por isso que muitos adultos são incapazes de digerir a lactase, podendo desenvolver dores abdominais, distensão e/ou diarreia após a ingestão de leite e seus derivados.

A intolerância implica a eliminação de todos os alimentos que contenham lactose, pelo que nos primeiros anos de vida o leite de vaca é substituído por leite de soja ou por fórmulas industriais feitas com leite de vaca mas isentas de lactose. No entanto, para prevenir desequilíbrios nutricionais, esta substituição deve ser acompanhada por um profissional de saúde.

Diferente da intolerância à lactose, é a alergia, bem mais rara e geralmente hereditária. Ocorrendo quase sempre em crianças pequenas, traduz-se por sensibilidade a diferentes proteínas do leite, de vaca, cabra ou qualquer outro. Daí que logo após a ingestão de leite se declarem na pele pequenas manifestações alérgicas, ocorrendo igualmente perturbações respiratórias. Normalmente, a alergia é transitória, durando dois a três anos, após o que as crianças podem ingerir leite sem qualquer problema.

Mas a família do leite não é a única culpada. A lactose está presente em muitos outros alimentos, entre eles o pão, as salsichas, patês, presunto, mortadela, cereais de pequeno-almoço, molhos, misturas para bolos e sopas, doces e bebidas. Entra igualmente na composição de muitos medicamentos, quase sempre sob a forma de comprimidos. Por isso, é fundamental consultar a composição dos alimentos para não correr riscos.

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