Também conhecida internacionalmente como piri-piri, malagueta ou gindungo, a pimenta-de-caiena tem uma eficácia comprovada na redução da dor. A revisão de vários estudos científicos internacionais confirmou que esta especiaria, juntamente com o salgueiro branco e o harpago, tem eficácia superior ao placebo e equivalente a vários fármacos na redução da dor. Dezenas de estudos realizados nos últimos anos apontam ainda para um efeito benéfico em vários tipos de cancro.
Segundo várias investigações internacionais, quem sofre de cancro da próstata, do cólon, da pele, da mama e dos ossos, deve usar este tempero na sua alimentação. Num estudo de 2002, os participantes ingeriram cinco cápsulas diárias de pimenta-de-caiena 15 minutos antes das refeições, obtendo uma redução da dor epigástrica, enfartamento e naúseas superior à observada no placebo.
Nos últimos 15 anos, foram muitas as investigações a apontar para os benefícios da pimenta-de-caiena. Um dos divulgados no Journal of Life Sciences enaltece os poderes do chá com esta especiaria na redução da inflamação. Especialistas internacionais também afirmam que tem um poder saciante e, adicionada em pó a água com sumo de limão em jejum, ajuda a emagrecer.
Princípios ativos
- Capsaicina, uma molécula muito utilizada em cremes analgésicos e anti-inflamatórios.
- Carotenoides (capsantina e capsorrubina)
- Flavonoides com ação vasodilatadora
- Óleo essencial e antissético
Principais áreas de atuação
- Dores crónicas em geral (utilizado tópica e internamente)
- Dores reumáticas agravadas pelo frio e pela humidade, como é o caso da lombalgia, da osteoartrite, da ciatalgia, da cervicalgia, do ombro congelado e da artrite reumatóide
- Dor associada à nevralgia pós-herpética, nevralgia do trigémio, neuropatia diabética e dor pós-operatória (incluindo pós-mastectomia e pós-amputação)
- Utilizada na obesidade pois aumenta a termogénese (queima das gorduras) e a saciedade
- Estimulante sexual, devido ao seu efeito vasodilatador
- Espasmos e tensão muscular, em uso tópico
- Pode ser utilizada para dar sabor a vários pratos
As melhores maneiras de tirar partido desta especiaria
A administração desta especiaria exige algumas precauções. Em aplicação externa, utiliza-se com concentrações de capsaicina de 0,025 a 0,5%, que deve aplicar no local da dor duas vezes por dia. Internamente, pode ser em extrato seco (em totum vegetal), 500 a 1.000 mg por dia. Como condimento, a quantidade depende da tolerância e do gosto. Muitas pessoas não apreciam temperos demasiado fortes e picantes.
Um estudo japonês sugere ainda o uso da pimenta-de-caiena para combater alergias. Segundo os autores da investigação, a capsaicina faz aquecer a língua e também promove o descongestionamento nasal, muito comum nos períodos de alergias. Além desta especiaria, os cientistas nipónicos recomendam o consumo de cebola, um alimento com propriedades anti-alérgicas.
Revisão científica: João Beles (naturopata)
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