Este dado resulta de uma investigação no âmbito da Escola Superior de Tecnologia de Saúde de Lisboa com o objetivo de verificar se o conhecimento nutricional dos pais tem ou não efeitos positivos sobre os hábitos alimentares dos filhos.
O mesmo estudo indica que os pais não conseguem, contudo, modificar as preferências alimentares das crianças.
Dos pais incluídos na investigação, 12% apresentou baixos conhecimentos, 52% um nível médio e 35% corresponderam a um conhecimento elevado. A análise conclui ainda que os pais com um maior conhecimento sobre nutrição têm uma maior perceção de que controlam o comportamento alimentar das crianças.
Contudo, há aspetos que não são influenciados pelo nível de informação nutricional dos educadores, como o caso dos gostos alimentares das crianças. De acordo com a coordenadora da investigação, Graça Andrade: “Os pais com bons conhecimentos não têm crianças a preferirem alimentos mais saudáveis”.
Segundo a especialista, continua a ser preciso que os adultos influenciem a alimentação das crianças com outras estratégias, como fazer com que comam pequenas quantidades de alguns alimentos, mesmo que não gostem. Graça Andrade revelou ainda que expor uma pessoa oito vezes a um alimento aumenta a sua preferência por ele. Outra das estratégias é o aleitamento materno, já que o leite humano tem sempre um sabor variável, o que ajuda a criança a habituar-se a gostar de maior variedade.
O estudo decorreu junto de pais de 231 crianças entre os cinco e os seis anos de idade, em jardins de infância de Loures.
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