
Esta é uma pergunta comum que intriga muitos apreciadores da bebida. A verdade é que a cerveja, por si só, não é a única ou principal culpada pelo aumento de gordura abdominal.
O ganho de peso, incluindo na região da barriga, é um processo complexo que envolve o balanço energético total do corpo: se consumimos mais calorias do que as que queimamos, independentemente da sua origem, o excesso é armazenado como gordura. A cerveja, como qualquer bebida alcoólica, é calórica, mas o problema reside frequentemente no consumo excessivo e nos hábitos alimentares que a acompanham.
O álcool presente na cerveja, e em outras bebidas, possui um valor calórico significativo (cerca de 7kcal/g), quase o dobro das proteínas e carboidratos.
Além disso, o consumo de álcool pode influenciar o metabolismo, levando o corpo a priorizar a queima do álcool em detrimento das gorduras e hidratos de carbono, que acabam sendo armazenados, transformando-se estes também em gordura. No entanto, é importante notar que a "barriga de cerveja" é, na realidade, uma acumulação de gordura visceral, que é geneticamente mais comum em homens e é influenciada por uma série de fatores, incluindo a dieta geral, o nível de atividade física e até mesmo a genética individual. Não é uma condição exclusiva de quem bebe cerveja.
Para desfrutar de cerveja sem contribuir para o ganho de peso excessivo, a moderação é fundamental. Optar por cervejas com menor teor alcoólico ou mesmo sem álcool, pode ajudar a reduzir o consumo calórico. É igualmente crucial estar atento aos petiscos que acompanham a bebida, que muitas vezes são ricos em sal e gorduras.
Manter uma alimentação equilibrada no dia a dia, rica em vegetais, frutas e proteínas, e praticar exercício físico regularmente são as estratégias mais eficazes para gerir o peso e a gordura abdominal, independentemente do consumo moderado de cerveja. Lembre-se, a chave está no equilíbrio e na consciência das suas escolhas.”
Um artigo de Sónia dos Santos, nutricionista clínica na CogniLab.
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