Este tipo de alimentação promove uma melhor gestão do peso (é mais fácil manter-se magro). Ajuda a prevenir o aparecimento de diabetes e de doença cardiovascular e a diminuir os triglicéridos sanguíneos.

O índice glicémico (IG) é um parâmetro que diferencia os hidratos de carbono pela sua capacidade de elevar o açúcar no sangue.

Os alimentos mais processados têm um iG mais elevado aumentando a quantidade de açúcar no sangue.

Os alimentos com mais fibra, têm um IG inferior, fazendo com que o nível de açúcar no sangue se mantenha mais baixo. O aumento de açúcar no Nsangue eleva a produção de insulina no pâncreas. Esta promove a formação de gordura corporal (lipogénese), aumentando a probabilidade de engordar. No entanto, a quantidade de insulina produzida por cada pessoa para o mesmo alimento poderá ser diferente, o que explica porque algumas pessoas engordam mais facilmente.

Uma dieta com baixo IG é especialmente benéfica para quem tolera mal os hidratos de carbono, ou seja, quem produz muita insulina após o seu consumo, bem como em pessoas com pré-diabetes ou diabetes tipo 2. São exemplo de alimentos com elevado IG o pão, a farinha e o arroz não integrais, o açúcar, a batata e os cornflakes. Alimentos com IG médio incluem ervilhas, feijão, laranja e farelo de trigo. Entre os alimentos com IG baixo encontram-se o leite, os frutos secos, a maçã e os vegetais de folha verde.

A uma alimentação com um baixo IG é importante associar uma hidratação conveniente, devendo beber pelo menos oito copos de água por dia. A prática regular de atividade física, uma boa gestão do stresse e uma boa rotina de sono são outros hábitos complementares. A melhor forma de baixar o IG total de uma refeição que contenha hidratos de IG elevado consiste em adicionar-lhe proteína e gordura, dois macronutrientes com um IG igual a zero.

Texto: Teresa Branco (fisiologista na gestão do peso)