"Existe a possibilidade de que, se tudo correr como planeado, algumas (vacinas) estejam prontas para serem aprovadas daqui a um ano", disse o diretor de estratégia da EMA, Marco Cavaleri, numa videoconferência.

"São previsões baseadas no que vemos. Mas devo enfatizar novamente que isso seria, na melhor das hipóteses. Sabemos que as vacinas em desenvolvimento podem não ser autorizadas e desaparecer", acrescentou. "Também sabemos que pode haver atrasos", alertou.

A EMA, com sede em Amsterdão, está "cética" em relação aos relatórios de que uma vacina pode estar pronta em setembro. Ainda assim, Cavaleri minimizou os temores da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a possibilidade de o novo coronavírus "nunca desaparecer". "Acho que é um pouco prematuro falar disso, mas temos motivos para estarmos otimistas de que as vacinas chegarão. "Eu ficaria surpreso se não conseguirmos encontrar uma vacina para a COVID-19", concluiu.

A pandemia do novo coronavírus já matou 294.199 pessoas e infetou mais de 4,3 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo o último balanço da agência AFP baseado em dados oficiais. De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, às 20h00 de ontem, 4.305.340 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado, na província chinesa de Wuhan.

Porém, a AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar. Entre esses casos, pelo menos 1.473.700 são hoje considerados curados.

Os países com mais óbitos nas últimas 24 horas são os Estados Unidos, com 1.599 novas mortes, Brasil (881) e Reino Unido (494). Os Estados Unidos, que tiveram a sua primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de óbitos e de casos, com 83.249 mortes em 1.380.465 casos. Pelo menos 230.287 pessoas foram declaradas curadas pelas autoridades norte-americanas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 33.186 mortes e 229.705 casos, Itália, com 31.106 (222.104 casos), a Espanha, com 27.104 mortes (228.691 casos) e a França, com 27.074 óbitos (178.060 casos).

Entre os países mais atingidos, a Bélgica continua a ser o com maior número de mortes face à sua população, com 76 mortes por cada 100.000 habitantes, seguida por Espanha (58), Itália (51), Reino Unido (49) e França (41).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou oficialmente um total de 82.926 casos (sete novos entre quarta-feira e hoje), incluindo 4.633 mortes (zero novas) e 78.189 curas.

A Europa totalizava às 20h00 de ontem 160.846 mortes e 1.802.322 casos, os Estados Unidos e o Canadá 88.638 mortes (1.452.661 casos), a América Latina e Caraíbas 23.120 mortes (405.864 casos), a Ásia 11.207 óbitos (318.732 casos), o Médio Oriente 7.814 mortes (246.834 casos), África 2.448 mortes (70.612 casos) e a Oceânia 126 mortes (8.316 casos).

Esta avaliação foi realizada usando dados coletados pelos escritórios da AFP junto das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A AFP avisa que devido a correções pelas autoridades ou a publicação tardia dos dados, os números de aumento de 24 horas podem não corresponder exatamente aos publicados no dia anterior.

Portugal, com 1.175 mortes registadas e 28.132 casos confirmados é o 22.º país do mundo com mais óbitos e o 23.º em número de infeções.

Veja o vídeo: O que acontece ao vírus quando entra em contacto com o sabão?