29 de março de 2014 - 06h44

O serviço de neonatologia de Vila Real, inaugurado hoje pelo ministro da Saúde, serve toda a região transmontana e assegura melhores cuidados aos recém-nascidos doentes, numa altura em que há cada vez mais casos de bebés prematuros.

“O facto de as mães terem os bebés cada vez mais tarde e de termos também maior número de prematuros, são fatores que temos que vigiar, controlar e dar-lhes a melhor assistência”, afirmou Paulo Macedo.

E, na unidade de Vila Real do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) houve, segundo o ministro, “uma opção de melhorar os cuidados na área da neonatologia”.

Este serviço, que entrou em funcionamento há duas semanas, representa um investimento de cerca de 50 mil euros, que juntou financiamento público e donativos de várias instituições.

Para Eurico Gaspar, diretor do serviço de pediatria onde está inserida a neonatologia, esta unidade representa um “contributo” para ajudar a travar a diminuição da natalidade e a desertificação, que se vai verificando em toda a zona interior do país.

Na maternidade do CHTMAD nasceram cerca de 1.500 bebés em 2013.

O médico considerou que a “descida da natalidade é uma situação gravíssima, extremamente complicada e que vai ser muito difícil de resolver”.

“Se a população tiver mais confiança nos cuidados de saúde é um pequeno contributo que podemos dar para que as mães possam ter os seus bebés mais perto de casa e não tenham necessidade de migrar para zonas onde estes cuidados estão disponíveis”, salientou.

A unidade representa, para Eurico Gaspar, “um avanço tecnológico, de espaço, uma melhoria das condições de trabalho e de internamento”.

“Para aqui vêm todos os recém-nascidos doentes. Uma população muito especial, que necessita de uma enfermaria especial, com condições especiais”, frisou.

Nesta passagem pelo CHTMAD, o ministro da Saúde considerou ainda como “bons exemplos" as unidades de cuidados intensivos de cardiologia e de nefrologia.

O serviço de nefrologia dispõe de consulta para transplantados renais que serve toda a região transmontana e que evita aos doentes despesas e deslocações para o Porto ou Coimbra.

“Esta unidade responde a todos os doentes que foram transplantados e que são da região, que aqui foram seguidos. Uma situação que aqui está acautelada e que temos que acautelar que aconteça no resto do país”, sublinhou.

Lusa