A Proteção Civil alertou para o risco de incêndio nas próximas 48 horas, face à previsão de agravamento das condições meteorológicas, com diminuição da humidade relativa e aumento da intensidade do vento e da temperatura.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) refere que, segundo as previsões fornecidas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), para as próximas 48 horas prevê-se uma subida gradual dos valores de temperatura máxima, sendo o dia de quarta-feira o que será previsivelmente mais quente, podendo ser atingidos valores de 40º C no interior do Alentejo.
Relativamente ao vento, as previsões apontam para que seja do quadrante norte/noroeste, com rotação temporária para nordeste no interior norte e centro na terça e quarta-feira, soprando com uma intensidade forte, de forma constante nas próximas 48 horas, podendo ocorrer rajadas até 75 km/h no Algarve (em particular na Foia e em Monchique) e até 65 km/h no litoral oeste, incluindo no período noturno.
Terça-feira, o dia mais crítico
O dia de terça-feira deverá ser “o mais crítico” em termos de intensidade do vento (durante o dia e noite), em particular o distrito de Faro (principalmente o barlavento algarvio) e as regiões centro e sul, podendo ocorrer rajadas até 70 km/h, principalmente nos distritos de Lisboa e de Leiria.
A Humidade Relativa do Ar (HRA) apresenta baixos teores, registando hoje valores inferiores a 30% a 35% no interior do país, “não sendo expectável que ocorra recuperação noturna no Algarve e no distrito de Castelo Branco e prevendo-se que a recuperação seja muito fraca no nordeste transmontano”.
Para terça-feira prevê-se uma diminuição dos teores de HRA, que não deverão exceder 20% (e 15%, pontualmente) na região sul e no interior centro e inferiores a 30% no nordeste transmontano.
Face a estas previsões, a ANEPC avisa para o aumento do risco de incêndio na quarta-feira, em especial no interior norte e centro e na região do Algarve.
A ANEPC recorda que para os locais onde o risco de incêndio seja “elevado” ou “muito elevado” não é permitida a queima de matos cortados e amontoados e qualquer tipo de sobrantes de exploração, está sujeita a autorização da autarquia local, devendo esta definir o acompanhamento necessário para a sua concretização, tendo em conta o risco do período e zona em causa.
Está igualmente proibido o uso de fogareiros e grelhadores em todo o espaço rural, exceto se usados fora das zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito, o lançamento de balões com mecha acesa e de foguetes e o uso de fogo-de-artifício só é permitido com autorização da Câmara Municipal.
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