O aumento das taxas moderadoras para mais do dobro em 2012 poderá impedir muitas pessoas de recorrer a cuidados de saúde, afirmou à Lusa um porta-voz do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP).
“A nossa posição é de muita preocupação porque estamos convictos que muitas pessoas, muitas famílias vão optar por não recorrer aos serviços de saúde tendo em consideração os valores que lhes vão ser cobrados”, afirmou Carlos Braga.
Na segunda-feira, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, anunciou que os valores das taxas moderadoras para 2012 mais do que vão duplicar em relação aos preços atuais, passando nos centros de saúde de 2,25 euros para 5 euros.
Durante a emissão do programa da RTP, Prós e Contras, o ministro disse que a partir de janeiro de 2012, as consultas nos centros de saúde passam de 2,25 euros para 5 euros euros, enquanto nas urgências hospitalares a taxa moderadora passa de 9,60 euros para 20 euros.
“É uma situação que vai dificultar em muito as já grandes dificuldades que hoje muitas pessoas e famílias sentem”, sublinhou Carlos Braga.
Com estas medidas, o Governo prevê arrecadar uma receita de cerca de cem milhões de euros.
No final do mês passado, o secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde tinha dito no parlamento que menos portugueses vão pagar taxas moderadoras, devendo ficar de fora desta obrigação um milhão de portugueses.
06 de dezembro de 2011
@Lusa
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