
A TAP abriu um inquérito à morte do tripulante vítima de paludismo cerebral, informa a RTP.

"Vamos apurar tudo o que esteve na origem desta situação e proceder de acordo com aquilo que for possível melhorar", garantiu Cristina Correia, relações-públicas da TAP, à referida estação de televisão.
O jovem de 27 anos morreu no dia 25 de dezembro, de madrugada, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vítima de paludismo cerebral, a forma mais rara e grave de malária.
Pedro Ramalho terá sido picado por um mosquito numa viagem a São Tomé e Príncipe, com escala técnica no Gana, no início de dezembro. O diagnóstico foi alegadamente mal feito pela equipa médica que presta serviços à tripulação da TAP.
Os sintomas foram confundidos com uma gripe e Pedro Ramalho foi mandado para casa com prescrição de Brufen.
O sindicato que representa o pessoal de voo pede uma maior pressão por parte da companhia aérea portuguesa junto das autoridades de saúde. "Uma empresa com o tamanho da TAP é diferente conseguir que este procedimento médico seja corrigido para salvaguardar estas situações", afirmou Nuno Veiga da Fonseca, do SNPVAC.
A TAP tem 2.600 tripulantes de cabina que voam para zonas endémicas.
Há vários outros casos de tripulantes infetados com malária nos últimos meses.
O paludismo ou malária é uma doença tropical transmitida através da picada de mosquito Anophelesfêmea contaminado com o parasita que, por sua vez, provoca uma infeção nos glóbulos vermelhos do indivíduo atingido. A malária cerebral é a forma mais grave da doença, porque afeta o sistema nervoso e a atividade pulmonar, renal e metabólica.
A TAP tem ligações aéreas para várias cidades onde a transmissão local da malária é endémica, como Luanda (Angola), Acra (Gana), Bissau (Guiné-Bissau), Maputo (Moçambique) e Dakar (Senegal).
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