Os robôs têm a missão de detectar as pessoas afetadas pelo covid-19, tratar os pacientes e proteger os funcionários dos hospitais.
Quatro hospitais já receberam um "Ninja" e em breve outros dez receberão um exemplar.
Os robôs, concebidos para ajudar no cuidado de pacientes que sofreram acidente vascular cerebral (AVV), foram desviados da sua missão inicial e destinados a lutar contra a pandemia que já matou quase 9.000 pessoas no mundo.
Os robôs, com tecnologia 4G, podem detectar a temperatura de um caso suspeito, supervisionar a evolução dos sintomas e permitir aos profissionais da área da saúde e aos pacientes um contato por videoconferência.
Em breve, o robô conseguirá levar comida e medicamentos aos pacientes, além de higienizar os quartos dos doentes.
O objetivo consiste em evitar o máximo possível o contato entre os pacientes e os enfermeiros e médicos.
"Não precisam entrar na zona de risco, podem permanecer fora do quarto e fazer a comunicação por meio do robô", explica à AFP Viboon Sangveraphunsiri, da Universidade Chulalongkorn de Banguecoque.
"Ninja" é fruto da colaboração entre a universidade e a Advanced Info Service (AIS), a maior operadora de telefonia da Tailândia.
O custo de fabrico varia de 100.000 a 300.000 bahts (3.050 a 9.150 dólares), informou Viboon Sangveraphunsiri.
"Tentamos reduzir ao máximo os custos e, de qualquer modo, fornecemos aos hospitais de forma gratuita", explica.
A Tailândia regista até o momento 272 pessoas infectadas pelo novo coronavírus, incluindo uma morte.
Wuhan, a cidade chinesa berço do novo coronavírus, anunciou no início do mês o primeiro "hospital de campanha inteligente", dotado de 20.000 leitos e de robôs que funcionam 24 horas por dia.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou ontem o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois. Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até hoje, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial. Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde. Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais cinco do que na terça-feira.
A Assembleia da República aprovou ontem o decreto de declaração do estado de emergência que lhe foi submetido pelo Presidente da República com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.
Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.
O Governo declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
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