O ministro da Saúde, Paulo Macedo, cumprimenta o presidente do Conselho Diretivo do Infarmed, Eurico Castro Alves, à chegada para a conferência de imprensa sobre o tratamento da hepatite C

Em declarações à agência Lusa, a dirigente da SOS Hepatites Emília Rodrigues advertiu, contudo, para a necessidade de se criar “uma linha de financiamento para os hospitais”, para que haja equidade no tratamento, de forma a que “um doente de Chaves tenha o mesmo tratamento do que um doente em Lisboa”.

Hoje, na apresentação do acordo alcançado para a compra dos fármacos para hepatite C, o ministro da Saúde disse que haverá um reforço de verbas acordado com o Ministério das Finanças.

“Para nós é um dia muito feliz. Um dia em que sabemos que ‘N’ pessoas não vão morrer”, declarou Emília Rodrigues.

Na conferência de imprensa de hoje, o ministro Paulo Macedo explicou que o Estado alcançou um acordo para fornecimento de dois medicamentos inovadores para a hepatite C, que prevê o pagamento por doente tratado.

“Acordou-se algo importante que foi pagar por doente tratado. Não vamos pagar por tratamento de três, 12 ou 24 semanas, mas por doente tratado”, declarou o ministro, adiantando que o Estado também não pagará se um mesmo doente necessitar de tratamento adicional.

Para o ministro este foi o melhor acordo alcançado por um país europeu, indicando que irão ser gastos por ano “umas dezenas de milhões de euros”.

Paulo Macedo nunca revelou os valores concretos que serão gastos pelo Estado, nem os montantes acordados com o laboratório, lembrando que “a confidencialidade do preço é uma regra importante” na negociação.

“Vamos conseguir tratar mais doentes, de forma mais equitativa (…). Abrimos caminho para podermos iniciar a erradicação, a eliminação da doença”.