Em comunicado, a estrutura sindical salientou que aquele serviço sempre foi de excelência e fundamental “ao longo dos anos, por exemplo, no diagnóstico, estadiamento e monitorização de doentes com patologia oncológica”.

“Infelizmente, e, apesar do investimento na melhoria das condições técnicas do serviço, com a aquisição recente de um novo aparelho de Tomografia de Emissão de Positrões (PET), tem sido cada vez mais difícil ao serviço a realização deste exame e elaboração do respetivo relatório”, revelou.

Segundo o SIM/Centro, atualmente, o tempo de espera para a realização do exame “chega a demorar mais de um mês, frequentemente com necessidade de mais duas semanas para obtenção do relatório”, quando, “num passado não muito longínquo, era possível requisitar uma PET e obter o relatório em menos de uma semana”.

“Os motivos são conhecidos, a competitividade salarial e de condições de trabalho oferecidas por prestadores privados e internacionais leva ao abandono do Serviço Nacional de Saúde (SNS) por um número crescente de médicos qualificados”, lê-se no comunicado, que adverte para as consequências: “degradação na qualidade assistencial, com aumento de morbilidade e mortalidade”.

Para o sindicato, este exemplo serve “de prova de que muitas vezes não basta investir em equipamentos de alta tecnologia, sendo importante investir também e cada vez mais nas condições de trabalho e remuneratórias dos profissionais do SNS”.

A agência Lusa solicitou uma reação ao CHUC, mas às 16:00 ainda aguardava por resposta.