O Ministério quer avançar com a revisão dos rótulos dos alimentos para que seja mais claro para o consumidor os casos em que os produtos são nocivos para a saúde devido ao excesso de açúcar ou sal.

Porém, escreve o jornal Público, enquanto não houver uma redução da fiscalidade geral, fica para já afastada a ideia de se aplicar uma sobretaxa sobre este tipo de alimentos, que esteve em cima da mesa no início do ano.

De acordo com o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, durante a sua intervenção na apresentação do Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, a ideia é que os pais saibam o que estão a dar às suas crianças em termos de sal e açúcar”.

A associação entre a diabetes e os maus hábitos alimentares é uma realidade científica e a doença parece estar a surgir em pessoas cada vez mais novas.

A revisão dos rótulos, esclareceu o secretário de Estado, vai ser ainda negociada com o Ministério da Economia e o Ministério da Agricultura e estará em linha com as práticas da União Europeia.

Leal da Costa afasta para já uma nova taxa sobre estes produtos, devido ao "contexto" em que vivemos, "com um IVA globalmente elevado e uma carga fiscal sobre os consumidores em geral muito elevada", mas não nega a criação de uma nova taxa no final de 2015 ou quando a carga fiscal atual diminuir.

Já a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal defende que, "com a crise, as pessoas têm pouca capacidade económica e vão buscar alimentos de alto teor calórico e muitos alimentos açucarados, porque são os mais baratos", cita o referido jornal.