Após as várias reuniões realizadas ontem com mais de 100 especialistas e responsáveis hospitalares de LVT, Fernando Araújo salientou a abertura dos profissionais de saúde e o “grande alinhamento” de posições manifestado sobre a reorganização destas especialidades.
Em comunicado, a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) adiantou que a reorganização das urgências destas três especialidades resulta de “longas semanas de trabalho com os profissionais das várias instituições” e pretende “assegurar a proximidade e o acesso da população ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)”
O organismo liderado por Fernando Araújo reuniu-se com os hospitais de Lisboa e Vale do Tejo, INEM, Administração Regional de Saúde, Comissão Executiva para as Urgências Metropolitanas e Unidade Técnica Operacional dos Serviços de Urgência de Pediatria Médica para finalizar o planeamento das urgências em rede das especialidades de urologia, gastrenterologia e pediatria nessa região.
“O reforço do trabalho em rede entre as equipas das instituições hospitalares e dos cuidados de saúde primários, com o INEM e a Linha de Saúde 24, assim como o planeamento atempado, constitui a estratégia adequada para assegurar uma cultura de previsibilidade, segurança e confiança para os utentes e os profissionais de saúde”, avançou a direção executiva.
Segundo o comunicado, o plano final de reorganização das respostas do SNS será “agora concluído pela DE-SNS com a tranquilidade, ponderação e diálogo necessários”, alegando que se trata de “matérias complexas e que afetam de forma profunda a vida das pessoas”.
As reuniões de hoje decorreram cerca de uma semana depois de a falta de especialistas ter obrigado as urgências pediátricas do hospital de Loures a encerrar à noite, aos feriados e fins de semana.
Nesses períodos, as crianças da área de referência do hospital de Loures, que serve uma população de cerca de 278 mil pessoas, têm sido atendidas nas urgências dos hospitais de Santa Maria, Dona Estefânia e São Francisco Xavier.
Segundo o Hospital Beatriz Ângelo, este encerramento parcial das urgências pediátricas é “decisão transitória”, que foi acordada com a DE-SNS e com a ARSLVT e que “decorre da dificuldade de preenchimento das escalas” das equipas médicas.
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