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Em duas semanas de rastreio, das 600 pessoas atendidas, 221 foram detetadas com sinais irregulares
11 de julho de 2013 - 07h01
Mais de um terço das 600 pessoas que fizeram rastreio ao cancro da pele através de um programa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foram encaminhadas para o médico de família por terem sinais fora dos parâmetros normais.
Segundo dados fornecidos à agência Lusa pela Santa Casa, desde o início do rastreio, a 24 de junho, têm sido atendidas, em média, 70 pessoas por dia.
Em duas semanas de rastreio, das 600 pessoas atendidas foram encaminhadas para médicos de família 221 utentes por terem sido detetados sinais considerados irregulares.
Este rastreio ao cancro da pele, que se prolonga até final de agosto, insere-se no programa Saúde Mais Próxima, uma iniciativa destinada a rastrear as principais doenças crónicas e que, há mais de um ano, tem percorrido os principais bairros municipais e históricos da cidade de Lisboa para informar, detetar e encaminhar os cidadãos.
Noémia Silveiro, coordenadora do programa da Santa Casa, admite que o número de pessoas encaminhadas para o médico de família foi surpreendente, sendo até agora o mais significativo das seis patologias já rastreadas no âmbito da iniciativa Saúde Mais Próxima.
“Estamos com 15 dias de programa de rastreio a esta patologia e é a primeira vez que temos este nível de encaminhamento”, explicou a responsável à agência Lusa, adiantando que nas outras doenças rastreadas o envio para os médicos de família se situava nos 10% e, no caso do cancro da pele, está a ser na ordem dos 30%.
Apesar de ainda considerar prematuro tirar conclusões, Noémia Silveiro considera que é necessária “muita sensibilização e informação” sobre o cancro da pele e malefícios do sol e outros tipos de exposição, como o caso dos solários.
No âmbito do programa Saúde Mais Próxima, que já existe há mais de um ano, a Santa Casa já realizou ações de sensibilização e rastreios para as doenças respiratórias, obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e osteoporose.
Os responsáveis do programa ficam com os contactos dos doentes que são reencaminhados para os médicos de família e tentam seguir todos os seus passos do respetivo processo clínico, com o objetivo de se certificarem que realizam as consultas e exames necessários.
Lusa
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