
As largadas de balões parecem ser cada vez mais comuns e este verão foram a alternativa aos tradicionais foguetes nas festas populares, depois de estes terem sido proibidos com o objetivo de prevenir incêndios florestais.
No entanto, a Quercus enviou ao Ministério do Ambiente - com o conhecimento de todos os Grupos Parlamentares e Partidos com assento na Assembleia da República - um novo pedido para a adoção de medidas que proíbam a "largada de balões" em festas públicas e privadas.
"O seu destino são as matas mais próximas ou os meios marinhos (rios, lagoas, mares ou oceanos). Aliás, em limpezas de matas e praias é frequente encontrar-se vestígios de balões", frisa a Quercus em comunicado.
A Associação Nacional de Conservação da Natureza recorda que os balões são feitos de plástico e estão por vezes equipados com lâmpadas LED. "Como é do conhecimento geral, o plástico é um material duradouro, havendo assim uma grande probabilidade de estarmos a armazenar na natureza milhares destes exemplares com os impactes negativos que lhes estão associados - ao fim de alguns anos vão perder a cor, fragmentar-se em pedaços mais pequenos e serão certamente confundidos por alimentos e ingeridos por espécies, de pequeno ou grande porte, acabando estas por morrer", alerta a Quercus.
Combater o aumento da poluição
"O combate à poluição marinha tem sido um objetivo europeu e há inclusive avanços na tentativa de reduzir a utilização de matérias em plástico com utilização única, por forma a contribuir para a minimização da poluição marinha", recorda a Quercus.
Já em 2016, a Quercus pediu regulamentação ao Ministério do Ambiente, solicitação que reiterou agora, junto deste Ministério e de todos os Grupos Parlamentares e Partidos com assento na Assembleia da República para a adoção de medidas que proíbam a “largada de balões”.
"A Quercus compreende as causas que estão normalmente na origem destas iniciativas, mas reforça que qualquer que seja a causa não poderá prejudicar outra, pelo que recomendamos a substituição das atividades de largada de balões por outras iniciativas com menos impacto ambiental", conclui na nota.
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