As largadas de balões parecem ser cada vez mais comuns e este verão foram a alternativa aos tradicionais foguetes nas festas populares, depois de estes terem sido proibidos com o objetivo de prevenir incêndios florestais.

No entanto, a Quercus enviou ao Ministério do Ambiente - com o conhecimento de todos os Grupos Parlamentares e Partidos com assento na Assembleia da República - um novo pedido para a adoção de medidas que proíbam a "largada de balões" em festas públicas e privadas.

Os 10 lugares mais poluídos do mundo
Os 10 lugares mais poluídos do mundo
Ver artigo

"O seu destino são as matas mais próximas ou os meios marinhos (rios, lagoas, mares ou oceanos). Aliás, em limpezas de matas e praias é frequente encontrar-se vestígios de balões", frisa a Quercus em comunicado.

A Associação Nacional de Conservação da Natureza recorda que os balões são feitos de plástico e estão por vezes equipados com lâmpadas LED. "Como é do conhecimento geral, o plástico é um material duradouro, havendo assim uma grande probabilidade de estarmos a armazenar na natureza milhares destes exemplares com os impactes negativos que lhes estão associados - ao fim de alguns anos vão perder a cor, fragmentar-se em pedaços mais pequenos e serão certamente confundidos por alimentos e ingeridos por espécies, de pequeno ou grande porte, acabando estas por morrer", alerta a Quercus.

Combater o aumento da poluição

"O combate à poluição marinha tem sido um objetivo europeu e há inclusive avanços na tentativa de reduzir a utilização de matérias em plástico com utilização única, por forma a contribuir para a minimização da poluição marinha", recorda a Quercus.

Não cuida do seu planeta? Estas são as 15 consequências
Não cuida do seu planeta? Estas são as 15 consequências
Ver artigo

Já em 2016, a Quercus pediu regulamentação ao Ministério do Ambiente, solicitação que reiterou agora, junto deste Ministério e de todos os Grupos Parlamentares e Partidos com assento na Assembleia da República para a adoção de medidas que proíbam a “largada de balões”.

"A Quercus compreende as causas que estão normalmente na origem destas iniciativas, mas reforça que qualquer que seja a causa não poderá prejudicar outra, pelo que recomendamos a substituição das atividades de largada de balões por outras iniciativas com menos impacto ambiental", conclui na nota.