27 de fevereiro de 2014 - 10h11
Os profissionais de saúde notificaram no ano passado 244 incidentes e eventos adversos. As situações mais registadas foram a queda de doentes, enquanto os cidadãos fizeram apenas 74 registos, sobretudo relativos à prestação de cuidados de saúde.
O Sistema Nacional de Notificação de Incidentes e de Eventos Adversos, lançado no final de 2012, permite o registo anónimo e online de acidentes e erros em saúde, com o objetivo de evitar a sua repetição.
No primeiro estudo sobre eventos adversos realizado em Portugal, em 2011, investigadores da Escola Nacional de Saúde Pública, em Lisboa, chegaram à conclusão que, em 11,1% das admissões hospitalares analisadas, houve um evento adverso, definido “como um acontecimento não intencional” que teve alguma consequência para o doente, como danos ou lesões, ou o prolongamento do internamento, ou incapacidade permanente ou temporária ou mesmo a morte.
No primeiro balanço anual deste sistema, admite-se que “o número total de notificações registadas está, ainda, longe de refletir a realidade nacional”, escreve o jornal Público.
Os profissionais de saúde notificaram 244 incidentes (sem dano para o doente) e eventos adversos (com dano para o doente), mas não se distingue entre os números entre as duas situações. Os casos mais registados foram “acidentes do doente” (57), representando mais de um quinto das notificações, dentro destes estão sobretudo “quedas” de doentes (45).
A seguir, na lista dos registos efetuados pelos profissionais, estão questões relativas ao comportamento (46 situações, representando 19% dos registos) e incidentes relacionados com processo/procedimento clínico (41 casos).
Já no caso dos cidadãos os cuidados de saúde (diagnóstico, tratamento, intervenção cirúrgica, exames) surgem no topo, com 30 notificações. 

SAPO Saúde