Essa legislação "baseia-se no princípio da precaução", indicou o ministro da Saúde, Orazio Schillaci, para quem "não existem provas científicas" excludentes de "efeitos nocivos relacionados ao consumo de alimentos sintéticos".

O projeto prevê, entre outras sanções, multas de 10.000 a 60.000 euros para quem infringir as suas disposições, que visam, em particular, a carne produzida em laboratório a partir de células estaminais de origem animal.

A principal associação agrícola italiana, Coldiretti, organizou um ato diante da sede do governo em Roma para dizer: "Não aos alimentos sintéticos."

"A Itália, líder europeia em matéria de qualidade e segurança alimentar, tem o dever de estar na vanguarda das políticas alimentares de defesa dos cidadãos e as empresas", declarou o presidente dessa entidade, Ettore Prandini, citado em comunicado.

O Parlamento deve adotar o projeto de lei dentro de dois meses e poderá modificá-lo em debates especializados.

A iniciativa não responde a nenhum pedido de autorização de venda desse tipo de alimento em países da União Europeia (UE) e as estimativas indicam que nenhum alimento sintético deveria ser comercializado antes de 2025.