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Objetivo é proteger crianças e jovens da exposição ao tabaco e encorajar fumadores a parar de fumar
24 de abril de 2013 - 10h13
Organizações não-governamentais e profissionais de saúde vão hoje elaborar um documento de consenso sobre as medidas que acreditam ter impacto na prevenção e controlo do tabagismo, numa altura em que se debate a regulamentação dos produtos de tabaco.
O encontro decorrerá nas instalações do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa, e deverá culminar com uma posição nacional para apoiar uma proposta da Diretiva dos Produtos de Tabaco (DPT) da União Europeia.
De acordo com os organizadores do encontro, o objetivo é contribuir para uma DPT “baseada na ciência de saúde pública, protegendo as crianças e os jovens da exposição ao tabaco e encorajando os fumadores a parar de fumar”.
Para Sofia Ravara, membro do Comité Europeu de Controlo do Tabagismo, a prioridade está na rotulagem e na embalagem do tabaco.
Várias organizações de saúde subscreveram um documento indicando que “as advertências sanitárias nas embalagens de tabaco são eficazes para desencorajar os jovens de começar a fumar e para motivar os fumadores a pensar em parar de fumar”.
“As imagens de advertência e avisos com tamanho 75 por cento (da embalagem] e acima são significativamente mais eficazes do que apenas texto de tamanho 50 por cento ou inferior e são particularmente eficazes nos jovens”, lê-se no documento.
Os autores afirmam que “países que introduziram advertências ilustradas de tamanho grande fizeram-no como parte de uma estratégia abrangente de controlo de tabagismo”.
“Não estamos a inventar factos”, disse à Lusa Sofia Ravara, para quem esta revisão é “uma oportunidade” para se elaborar “uma boa diretiva e baseada na ciência da saúde”.
O consenso que resultará deste encontro irá seguir depois para o Governo português.
Lusa
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