“Há uma greve de pessoal menor, contratado, que faz parte da farmácia, da fábrica de oxigénio e do bloco operatório. Por exemplo, a farmácia de urgência, que tem medicamentos essenciais, está encerrada”, afirmou Admir Gonçalves Monteiro, diretor do serviço de urgência do Hospital Nacional Simões Mendes, situado na capital guineense.
O responsável clínico disse também que as “cirurgias urgentes estão a ser transferidas para o Hospital Militar, que não é público” e que apesar do apoio de uma organização não-governamental as pessoas não têm recursos financeiros.
As cirurgias no Hospital Nacional Simão Mendes são realizadas gratuitamente.
“Até agora não temos solução e não temos resposta”, disse o médico, quando questionado sobre quando termina a greve do grupo de trabalhadores, que reivindicam o pagamento de pelo menos três meses de salário em atraso.
“Não temos resposta. Segundo alguns é até terem o problema resolvido”, acrescentou.
O diretor do bloco operatório do hospital, Benanbessa Vitória Sanhá, confirmou também que há cinco dias que não realizam cirurgias devido à falta do pessoal da esterilização e da farmácia.
“Os pacientes estão a ser, infelizmente, referenciados para outros centros hospitalares”, precisou Benanbessa Vitória Sanhá, esperando que a situação seja ultrapassada o mais rapidamente possível porque os pacientes é que estão a sofrer.
A direção do Hospital Nacional Simão Mendes está reunida com o grupo de trabalhadores, que remeteu esclarecimentos para mais tarde.
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