De acordo com o portal de notícias G1, a informação foi confirmada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que recomendou a repetição do exame ao chefe de Estado.

O protocolo da Operação Regresso, que visou o repatriamento de 34 brasileiros que estavam em Wuhan, na China, por parte do Governo brasileiro, prevê que Bolsonaro passe por um novo exame dentro de sete dias. Durante esse período, deverá ficar em isolamento.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

“Caso tenha sintomas, [o exame pode ser feito] a qualquer momento”, salientou Mandetta.

Jair Bolsonaro, e membros do seu Governo que viajaram no passado fim de semana para os Estados Unidos da América (EUA), foram submetidos na quinta-feira a exames ao novo coronavírus, após o secretário especial de comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, testar positivo.

Contudo, na manhã de sexta-feira, o Presidente do Brasil anunciou, na rede social Twitter, que o seu teste ao Covid-19 deu negativo.

Após o anúncio de que não tinha sido infetado, o mandatário afirmou que a vida segue “normal”.

“A vida segue normal, um grande desafio pela frente e muitos problemas para serem resolvidos”, disse Bolsonaro a apoiantes, em frente ao Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.

Outros membros do executivo também foram submetidos ao exame, e testaram negativo, como é o caso dos ministros do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, assim como a primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro e o deputado e filho do chefe de Estado brasileiro, Eduardo Bolsonaro.

O Brasil tem 98 casos confirmados do novo coronavírus e monitoriza 1.485 casos suspeitos, registando os primeiros casos de transmissão comunitária do vírus em São Paulo e no Rio de Janeiro, divulgou na sexta-feira o Ministério da Saúde.

A transmissão comunitária ocorre quando há uma maior difusão do vírus e as autoridades de saúde já não conseguem identificar a sua trajetória de infeção.

Até ao momento, o país sul-americano já descartou 1.344 possíveis casos de infeção pela Covid-19.

Face a este cenário, o Governo brasileiro emitiu na sexta-feira uma série de recomendações para evitar o avanço do novo coronavírus, entre elas, que viajantes internacionais que cheguem ao país fiquem em isolamento domiciliário durante sete dias, mesmo sem sintomas de Covid-19.

A recomendação geral é de cancelamento de “grandes eventos”, sejam eles governamentais, desportivos, políticos, comerciais, religiosos, entre outros.

Diante das recomendações, a única determinação feita pelo Governo foi o adiamento de cruzeiros turísticos enquanto o período de emergência em saúde pública estiver em vigor.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.300 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 140 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.