18 de abril de 2013 - 16h07
Os dermatologistas querem saber tratar a pele sã tão bem como tratam a pele doente, e estão disponíveis para receberem mais formação na área da cosmética, segundo o presidente da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV).
A dermatologia cosmética é, este ano, o tema do congresso nacional de dermatologia e venereologia, que decorre sexta-feira e sábado, em Lisboa, e vai reunir especialistas nacionais e internacionais para debaterem as últimas novidades nesta área.
O presidente da SPDV, Américo Figueiredo, disse à agência Lusa que o encontro é uma oportunidade para se debater a oferta nesta área, mas também a necessidade dos dermatologistas saberem mais sobre dermocosmética.
“Se sabemos tratar de uma pele doente, também sabemos tratar de uma pele saudável”, disse.
Sobre a oferta cada vez maior na área da dermocosmética, o especialista sublinhou os riscos de efeitos adversos oriundos da má utilização de alguns aparelhos de laser, para depilação.
“Alguns tipos de laser (como o 4) só devem ser manuseados por médicos, ou supervisionados por clínicos, mas isso nem sempre acontece”, disse.
Os riscos de uma má utilização destes lasers passam por queimaduras ou alterações na pigmentação.
Os dermatologistas também estão preocupados com algumas técnicas invasivas, como a mesoterapia.
Américo Figueiredo defende que os dermatologistas – que na sua área nuclear não estuda cosmética – façam uma formação posterior nesta matéria.
“Vamos aprender com quem sabe”, disse, enaltecendo a presença de especialistas no congresso, que arranca sexta-feira.
No evento estarão em debate temas como “aspetos médico-legais na prática da dermatologia cosmética”, “dermocosmética e medicina baseada na evidência”, “lasers e tratamentos com outras fontes de luz” e o “uso da toxina botulínica”.
Lusa