22 de março de 2013 - 11h23 
A Associação Americana de Pediatria (AAP) pronunciou-se pela primeira vez sobre o casamento homossexual, considerando que os direitos de uma criança ao ter dois pais ou duas mães legalmente unidos ficam reforçados.
Numa declaração tornada pública na quinta-feira, a associação, que representa mais de 60 mil pediatras nos Estados Unidos, conclui que é do interesse da criança que os seus progenitores se casem se essa for a sua intenção – independentemente da orientação sexual - garantindo ao menor o acesso aos benefícios sociais e legais resultantes da união civil.
A posição da AAP surge numa altura em que se aguarda uma decisão do Supremo Tribunal norte-americano sobre a contestação à Lei de Defesa do Casamento, aprovada há 17 anos, que impede o casamento homossexual a nível federal.
Em 2010, a Associação Americana de Pediatria já se tinha mostrado a favor de iniciativas que “permitam a casais de pessoas do mesmo sexo adoptar e co-educar crianças". A associação considera que as crianças educadas por pais casados “beneficiam dos estatutos sociais e legais que o casamento civil atribui aos pais” e acima de tudo da “segurança de ter carinho e cuidados permanentes”. 
Caso a união civil não seja uma “opção viável”, a AAP defende que as crianças “não devem ser privadas da oportunidade do acolhimento temporário ou adoção por pais solteiros ou casais, independentemente da orientação sexual”. 
A posição agora assumida pela Associação Americana de Pediatria sustenta que estudos realizados no país determinaram que o bem-estar das crianças é mais afetado pela forma como a família se relaciona e pelos seus recursos económicos e sociais do que pela orientação sexual dos seus pais.
SAPO Saúde com agências