O número de contágios alcançou os 98.123 em 87 países, incluindo 3.385 mortes, de acordo com um balanço estabelecido pela AFP esta sexta-feira. O Vaticano anunciou o primeiro caso e informou a suspensão do atendimento a pacientes externos no seu pequeno centro médico, onde o contágio foi registado.

"O vírus está na Europa. Devemos adaptar agora as nossas medidas", afirmou o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, ao chegar a Bruxelas para uma reunião de ministros da Saúde da União Europeia (UE) para debater maneiras de conter a propagação. 

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Espanha anunciou cinco mortes de um total de 345 casos esta sexta-feira, enquanto a Holanda, que tem 82 contágios, registou a primeira morte. O Irão soma 124 vítimas fatais e 4.747 infetados.

Isto não é um exercício. Não é o momento de abandonar, não é o momento de procurar desculpas, é o momento de ir a fundo

A Eslováquia anunciou o primeiro caso, importado da Itália, o país da Europa mais afetado. O Butão também indicou o primeiro contágio, um turista americano.

"Isto não é um exercício. Não é o momento de abandonar, não é o momento de procurar desculpas, é o momento de ir a fundo", criticou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao alfinetar, sem citar os nomes, uma "longa lista" de países que não têm feito o suficiente para lutar contra vírus.

Na China, onde a epidemia surgiu em dezembro, a doença está em estabilização. O país anunciou 143 novos casos e 30 mortes esta sexta-feira, mas agora teme o risco de recontaminação com pessoas procedentes do exterior. Até ao momento, há 36 casos importados.

O congresso americano aprovou um plano de emergência de 8,3 mil milhões de dólares para financiar a luta contra a COVID-19 no país, que regista 12 mortes e 180 casos de contágio.

O principal sindicato de enfermeiros dos Estados Unidos denunciou a falta de preparação de vários hospitais e manifestou preocupação com a falta de equipamento e de informações para os profissionais da saúde. Na Califórnia, as autoridades começaram a examinar os passageiros de um cruzeiro retido na costa.

O surto de COVID-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.450 mortos e infetou mais de 97 mil pessoas em pelo menos 86 países, incluindo nove em Portugal.

Até à meia-noite de sexta-feira (16:00 horas de quinta-feira, em Lisboa), a China continental, que exclui Macau e Hong Kong, somava, no total, 3.042 mortes e 80.552 casos de infeção, mais de 80% do conjunto global em todo o mundo, apesar dos surtos recentes em Itália, Irão, Coreia do Sul e Japão.

A China informou que mais de 53.700 pessoas receberam alta no país desde o início do surto.

Além dos 3.042 mortos na China Continental, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos, Filipinas, Espanha, Reino Unido e Iraque.

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