13 de fevereiro de 2014 - 17h28

Representantes de 26 países testemunham hoje o lançamento da nova agenda política sobre a segurança na Saúde dos Estados-membros da Organização Mundial de Saúde, que será feito simultaneamente em Washington e em Genebra, na sede da OMS.

A iniciativa, encabeçada pela OMS e pelo Governo norte-americano, visa proteger melhor o mundo de doenças infeciosas, ajudando especialmente os países pobres a melhorarem as suas capacidades de resposta laboratorial às doenças infeciosas.

Através da introdução de novas tecnologias comprovadas e fortalecimento de redes de comunicação sobre surtos, a OMS pretende auxiliar os países pobres a desenvolverem planos para lidar com uma “emergência de saúde pública de preocupação internacional”, refere a revista Science.

Em 2005, 194 Estados-membros da OMS adotaram uma resolução sobre o regulamento sanitário internacional, um acordo juridicamente vinculativo, que prevê a prevenção e o combate às ameaças de saúde pública a nível mundial.

O documento obriga que num prazo máximo de 24 horas os Estados comuniquem a OMS na eventualidade de surgir algum surto de doença suscetível de contágio e/ou que se possa propagar além das suas fronteiras, representando um risco significativo para os seres humanos.

A resolução exigia igualmente que os países apresentassem um relatório até junho de 2012 que detalhava os esforços sustentados para avaliar e responder a surtos de patógenos perigosos, nomeadamente a ocorrência do vírus da gripe, da dengue, ou de ébola, mas apenas 40 nações cumpriram o prazo.

Como resultado, o mundo enfrenta hoje “uma verdadeira tempestade de vulnerabilidade”, disse o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Tom Frieden, numa declaração à imprensa por teleconferência na quarta-feira.

“A questão de fundo aqui é que temos habilidade para tornar tanto o nosso país, os Estados Unidos, e o mundo mais seguro contra as ameaças às infeções”, disse Tom Frieden, citado hoje pela Science.

Em março, o Presidente norte-americano, Barack Obama, deverá anunciar uma verba já proposta para o orçamento de 2015, de 45 milhões de dólares (33 milhões de euros), visando apoiar a iniciativa, que será suportada financeiramente também por países desenvolvidos.

Lusa