A agência nuclear das Nações Unidas recebeu a informação, por parte do regulador ucraniano, de que “oito dos quinze reatores do país continuam a funcionar, incluindo os dois na central nuclear de Zaporijia, três em Rivne, um em Khmelnytsky, e dois no sul da Ucrânia”.
Ainda de acordo com o regulador ucraniano, “os níveis de radiação em todas as centrais nucleares estão na faixa normal e os sistemas de segurança a funcionar”.
Invadida pela Rússia a 24 de fevereiro, a Ucrânia tem 15 reatores nucleares e a maior central nuclear da Europa, Zaporijia, atingida pelas forças russas, que assumiram o controlo daquela central nuclear em 04 de março.
Também a central nuclear de Chernobyl, no norte da Ucrânia, foi ocupada pelas forças russas em 24 de fevereiro.
A equipa de trabalhadores de Chernobyl, onde aconteceu o acidente nuclear mais grave da história, em 1986, e onde ainda está armazenado material radioativo, tem trabalhado sem parar.
Segundo a AIEA, há mais de três semanas que os funcionários não conseguem fazer rotação de turnos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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