Em Riba d'Ave, Vila Nova de Famalicão, onde esteve presente para uma conferência dedicada ao tema "As Misericórdias e a Saúde", Adalberto Campos Fernandes avisou que o Governo não pode "ceder em toda a linha".

Confrontado com a jornada de greve dos médicos marcada para dia 24, o ministro referiu que "não é com greves por tempo indeterminado" que se vai resolver qualquer problema.

Questionado sobre o atraso na abertura do concurso público para colocação de médicos especialistas nos hospitais, que devia ter tido início em abril, segundo a Ordem dos Médicos, o titular da pasta da Saúde apontou para "breve" a resolução daquela questão.

"Diálogo, a máxima tolerância ao direito naturalmente constitucional [à greve], mas firmeza porque a capacidade que o país tem não é infinitamente elástica", garantiu Adalberto Campos Fernandes, deixando, no entanto, avisos aos sindicatos do setor.

"Nós não podemos ceder em tudo e em toda a linha porque não queremos contribuir para que o país volte para trás e volte a passar por momentos que já passou", disse, apelando ao "bom sendo" dos sindicatos.

"O apelo que nós fazemos aos sindicatos é um apelo que tem que ver com a chegada a uma posição de intermédio e de bom senso e de equilíbrio”, afirmou.

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“Não é por termos greves - como é o caso de uma das áreas - decretadas por tempo indeterminado [anunciada e a ser cumprida pelos técnicos de diagnóstico e terapêutica] que o Governo se vai esquecer do resto do país", avisou.

Quanto ao concurso para colocação de clínicos, Adalberto Campos Fernandes confirmou o atraso denunciado.

"Esse concurso está, efetivamente, este ano, um pouco mais atrasado do que no ano passado, estamos a trabalhar com o ministério das Finanças para resolver essa questão dentro de breves dias", disse.