Em particular, o Ártico registou níveis incomuns de calor, provocando o início precoce do derretimento da banquisa do Ártico e do manto de gelo da Gronelândia, afirma a NASA.

O estado norte-americano do Alasca teve a primavera mais quente alguma vez registada e na Finlândia a temperatura média de maio ficou três a cinco graus acima do normal, de acordo com dados do Instituto Meteorológico daquele país.

"O estado do clima deste ano, até ao momento, é alarmante", comentou em comunicado David Carlson, diretor do Programa de Investigação sobre o Clima.

O fenómeno El Niño foi um dos fatores que contribuíram para o recorde de calor em 2016, mas os meteorologistas afirmam que os gases com efeito de estufa emitidos pela atividade humana continuam a ser a principal causa do aquecimento global.

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"O super El Niño só pode ser culpado parcialmente. Anormal é o novo normal", ironizou Carlson. O calor excepcional de maio foi acompanhado por eventos climáticos extremos, incluindo chuvas invulgarmente fortes na Europa e sul dos Estados Unidos, assim como o branqueamento "severo e disseminado" dos recifes de corais.

2016 será o ano mais quente de sempre

De acordo com previsões recentes de cientistas norte.americanos, 2016 deve terminar como o ano mais quente já registado no planeta Terra, na esteira dos anos recordistas de 2014 e 2015.

No final de maio, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) anunciou que o mês de abril registou suas maiores temperaturas da história, além de ter sido o 12º mês consecutivo a quebrar recordes de calor.

Os primeiros quatro meses de 2016 foram também os mais quentes em 136 anos.