Salome tornou-se o símbolo da força e da ajuda humanitária, por ter superado a doença e usado a sua experiência para ajudar outros infetados pelo vírus, tendo trabalhado como assessora na organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Na África Ocidental, a Libéria teve mais de 29.000 pessoas infetadas no período de dois anos em que o vírus se tornou endémico. Desse total, pelo menos um terço morreu.
De acordo com o seu marido, o estigma associado à doença por se tornar tão mortal como a própria doença.
"A minha esposa faleceu, porque não foi atendida pelas enfermeiras e médicos. Acredito que a razão seja por ela ser portadora do ébola", desabafou James Harris.
"Afirmo isso, porque ouvi algumas enfermeiras a contarem a amigos que não se iam aproximar dela", acrescentou.
Ao receber alta pós-parto, Karwah sofreu complicações, mas o hospital apenas indicou um medicamento que James Harris não conseguiu encontrar.
Pouco depois, a mulher faleceu.
O hospital negou-se a comentar o falecimento de Salome Karwah, mas o vice-ministro liberiano da Saúde, Francis Kateh, disse à agência de notícias France Presse que as autoridades estão a investigar o caso.
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