A brasileira Paola Antonini França Costa não tem dúvidas: perder a perna é um "detalhe", porque estar viva é muito mais importante.

Recuamos a 27 de dezembro de 2014, à cidade de Belo Horizonte, no Brasil. Paola Antonini preparava-se para viajar e carregava a bagageira do seu automóvel quando, à porta de casa, foi atingida por um carro descontrolado. A condutora estava embriagada e foi detida de imediato.

"Foi um dia muito difícil para a minha família, para o meu namorado e para os meus amigos. Ficaram todos muito preocupados, porque corri risco de vida", recorda em entrevista à revista Glamour, da rede Globo. Depois de 20 dias internada, a jovem teve alta a 17 de janeiro, já com a prótese.

Um dos maiores medos da estudante de jornalismo era não voltar a entrar no mar. "Foi difícil, tive de entrar no mar de mãos dadas com o meu namorado e ainda hoje é complicado andar na areia. Mas foi a melhor coisa poder entrar novamente no mar. Senti uma superação enorme", descreve.

"Não vale a pena perder tempo a sofrer e a perguntar porque é estas coisas aconteceram comigo. Não vale a pena. Mesmo tendo perdido uma perna, que foi muito grave, tenho orgulho nas minhas cicatrizes, elas contam a minha história, exatamente por aquilo que passei... Acho bonito assumirmos as nossas cicatrizes e as nossas marcas. Elas são o que nos diferenciam", acrescenta. "Afinal, a beleza não é só física", remata.

A modelo relata o seu dia a dia no Instagram, uma rede social na qual já tem mais de um milhão e seiscentos mil seguidores.

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