Miguel Rocha é campeão nacional de bodysurf e portador de esclerose múltipla
créditos: Facebook Miguel Rocha

Para ele “a vida com esclerose múltipla é um desafio a superar”.

A doença que o afeta atinge cerca de 8.000 pessoas em Portugal e  2.500.000 pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Miguel Rocha venceu o campeonato nacional de bodysurf em 2016 já depois de ser diagnosticado com esclerose múltipla. Para ele, o desporto é uma forma de lidar com a doença.

A EM é uma doença crónica, inflamatória e degenerativa que afeta o sistema nervoso central com sintomas tão diversos como a fadiga, nevrite óptica, perda da força muscular nos braços e pernas, alterações da sensibilidade, dor, alterações urinárias e intestinais, problemas sexuais, equilíbrio/coordenação, alterações cognitivas e alteração de humor ou depressão.

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“Os desafios para o diagnóstico da EM residem precisamente na forma como as suas manifestações variam de doente para doente. Isto faz com que por vezes se demore muito tempo a chegar a um diagnóstico conclusivo. No entanto, e uma vez estabelecido o diagnóstico, existem atualmente várias soluções terapêuticas que nos ajudam a controlar e gerir a EM. É para isso importante que todas as pessoas diagnosticadas com EM procurem um neurologista para perceber qual o tratamento mais adequado ao seu caso”, explica o médico José Vale, coordenador do Grupo de Estudos em Esclerose Múltipla (GEEM).

Susana Protásio, membro da direção da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), acrescenta que "esta campanha destina-se também a sensibilizar para a importância do diagnóstico precoce da EM. Tendo em conta que esta patologia afeta sobretudo jovens em idade ativa, como é o caso do Miguel Rocha, quanto mais cedo o diagnóstico for feito, mais cedo é possível tratar e assim tentar que os portadores consigam manter as suas atividades diárias sem grandes alterações bem como a sua qualidade de vida".