“Os custos inerentes ao tratamento do cancro de pele estão a aumentar em todo o mundo, e Portugal não é exceção. Há cerca de quatro vezes mais custos, num estudo realizado em Portugal em hospitais públicos, com cancros de pele não melanoma, o que significa que é preciso ter nos registos”, disse Osvaldo Correia, presidente da associação.
O melanoma é o tipo menos frequente de cancro da pele, mas é o mais perigoso.
O especialista lembra que “continua a faltar no Registo Oncológico o registo dos cancros de pele não melanomas na sua maioria” e sublinha: “Sem números não pode haver estimativas, nem de custos nem de recursos humanos, e isso é uma lacuna a resolver”.
Osvaldo Correia falava na véspera da apresentação do Dia do Euromelanoma, que se assinala a 15 de maio, uma cerimónia que decorrerá em Lisboa na quarta-feira e durante a qual será apresentado o resultado do rastreio do ano passado.
Na mesma cerimónia, que decorre no Hotel Vintage, em Lisboa, serão ainda apresentadas as principais iniciativas desenvolvidas ou a desenvolver em 2019, entre elas o 2.º Roteiro de verão, uma iniciativa liderada por dermatologistas e com apoio de voluntários que decorrerá nos fins de semana de julho e levará mensagens sobre a proteção da pele e o diagnóstico precoce a praias de norte a sul do país.
O presidente da APCC chama a atenção para a importância de as pessoas se protegerem em todas as atividades que impliquem exposição solar e de realizarem o autoexame. Em caso de suspeita devem procurar o médico de família ou um dermatologista.
Portugal participa na Campanha Europeia do Dia do Euromelanoma desde há 19 anos, ano da instituição deste dia europeu.
Neste mês, em 33 países da Europa é dedicado um dia ao alerta e luta contra os cancros da pele, durante o qual serão disponibilizados rastreios gratuitos. Este ano, a campanha do Grupo Euromelanoma estende-se aos EUA, América do Sul e Ásia, por parceria com grupos ou sociedade congéneres.
Segundo dados da APCC, num estudo internacional efetuado a 1.300 dermatologistas foi possível confirmar que mais de 50% dos pacientes, apesar de reconhecerem uma lesão como muito suspeita, só tentavam obter observação médica mais de seis meses depois.
Em todo o mundo estima-se o aparecimento anual de mais de três milhões de cancros de pele não melanoma e de 132.000 casos de melanoma.
A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o mundo, estimando-se que em Portugal, em 2019, serão diagnosticados mais de 13.000 novos casos de cancros da pele e mais de 1.000 serão novos casos de melanoma.
Os cancros da pele mais frequentes são o melanoma (o mais perigoso), o carcinoma basocelular (o mais comum e o menos perigoso) e o carcinoma espinocelular (o segundo cancro de pele mais comum)
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