
Isto significa que se um médico for três dias completos por semana trabalhar noutro estabelecimento poderá receber mais 600 euros por semana, 2.400 euros brutos ao final do mês.
Segundo o Ministério da Saúde, que divulgou o valor na segunda-feira ao final do dia, "esta medida visa colmatar as carências identificadas em alguns serviços e estabelecimentos de saúde, as quais aconselhavam o recrutamento de pessoal médico a tempo parcial e contribuir decisivamente para a efetiva mobilidade dos médicos no SNS, podendo, no futuro, estas medidas virem a ser alargadas a outros profissionais de saúde".
A medida, publicada em portaria na terça-feira, visa acabar com as assimetrias regionais, nomeadamente no Algarve e no interior.
O valor variará consoante o período de trabalho: manhã, tarde ou noite e pode ir até aos 200 euros diários.
Segundo fonte oficial da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), citada pelo jornal Observador, se a deslocação abranger, "ainda que parcialmente, o período compreendido entre as 13 e as 14 horas", ou o "período compreendido entre as 20 e as 21 hora", o clínico recebe 25% daquele montante. Se o médico ficar o dia todo fora recebe 50% desse valor (100 euros) e se pernoitar no local recebe os 200 euros.
Além deste valor diário, os médicos terão ainda direito ao reembolso das despesas de deslocação. Quando a deslocação for feita em transporte próprio ser-lhe-á reembolsado um montante calculado com base num valor de 45 cêntimos por quilómetro, até aos 100 km, e de 50 cêntimos por quilómetro, dos 100 km para cima.
Os médicos são os únicos funcionários públicos que vão receber um incentivo financeiro por uma mobilidade superior a 60 km, no entanto o ministro da Saúde admite alargar os benefícios a outros profissionais da Saúde.
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