O comunicado divulgado no site da Ordem surge na sequência de dúvidas colocadas pelo próprios clínicos, esclarece a referida instituição. "Este comunicado, resultante de algumas dúvidas que nos foram colocadas, serve apenas como mera informação, pois temos a plena convicção que todos os médicos sabem manter um relacionamento responsável, digno e ético com a indústria farmacêutica", escreve a Ordem.

Desde setembro, há regras mais apertadas sobre as ofertas que os médicos podem aceitar. A Ordem dos Médicos, Apifarma e Associação dos Médicos Portugueses da Indústria Farmacêutica assinaram  um protocolo de relacionamento ético. "Jantares de Natal, ou outros de semelhante teor festivo, não se enquadram no referido protocolo, pelo que não devem ser objeto de qualquer tipo de pedido ou oferta de patrocínio por parte da indústria farmacêutica", esclarece o organismo.

O protocolo determina que os apoios concedidos a médicos no âmbito de eventos científicos, como por exemplo congressos, devem restringir-se a "viagens, refeições, alojamento e custos de inscrição". O regulamento prevê ainda que os médicos viagem no máximo na véspera do evento e regressem até ao dia seguinte do fim do mesmo.

O valor das refeições oferecidas aos clínicos também está fixado: não poderá ser superior a 60 euros em eventos nacionais e a 90 euros em eventos internacionais.

Já no que toca a ofertas, estão não podem exceder os 25 euros e devem estar relacionadas com medicamentos não sujeitos a receita médica.

"Nesta, como noutras matérias, os médicos devem dar um exemplo à sociedade civil de transparência, independência e salvaguarda de conflitos de interesse, contribuindo assim para o engrandecimento desta nobre profissão", lê-se no comunicado.

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