Para tentar reduzir o número de utentes sem médico de família, o Ministério da Saúde avançou com uma medida que permitirá aos profissionais terem até 2.500 pacientes a seu cargo.
Segundo o Jornal de Notícias, os médicos de família de zonas carenciadas poderão, assim, voluntariar-se a alargar a sua lista de utentes, podendo receber um rendimento extra de até 741,3 euros brutos.
O alargamento das listas até ao máximo de 2.500 utentes por médico é um projeto de diploma que o Governo pretende levar a Conselho de Ministros este mês e que está, neste momento, sob consulta pública.
De acordo com o jornal, os médicos que poderão chegar aos 2500 utentes são os que estão em horário de 40 horas e cuja lista estava atualmente em 1900 utentes, o que significará um aumento de 600 utentes. Já os médicos em horário de 35 horas, cuja lista está atualmente nos 1500 utentes, poderão ver esse número aumentado para 1900 utentes.
Trata-se de uma medida transitória, que vai vigorar durante dois anos e apenas em zonas onde haja "interesse público".
Os sindicatos contestam a medida e temem que um número tão elevado de utentes possa comprometer a qualidade do Serviço Nacional de Saúde.
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