13 de dezembro de 2013 - 16h21

Mais de metade dos doentes reumáticos inquiridos num estudo português afirmou que a sua produtividade no trabalho foi afetada pela patologia, segundo dados a que a agência Lusa teve acesso.

Através de um inquérito realizado a 500 pessoas de todo o país, o estudo “Doenças Reumáticas: Produtividade, Empregabilidade e Saúde Social” concluiu que 55,7% das pessoas sentiram a sua produtividade afetada e, destas, 43,5% indicaram que a produtividade foi afetada em mais de 50%.

Seis em cada 10 inquiridos indicaram ter perdido, devido aos problemas de saúde, entre uma a oito horas de trabalho na semana anterior ao inquérito, enquanto dois em cada 10 disseram ter perdido entre 20 a 40 horas.

Sobre as atividades diárias normais não relacionadas com o trabalho, mais de 85% dos doentes questionados indicou sofrer de limitações fora do contexto laboral pela sua doença reumática.

Segundo o questionário, a lombalgia, a dor na coluna cervical, a tendinite no punho ou mão e a dor na coluna dorsal são as patologias mais frequentes relatadas pelos inquiridos.

O estudo aplicou-se a vários tipos de profissionais, como pessoal administrativo, técnicos de nível intermédio, trabalhadores de serviços de proteção e segurança, profissionais das forças armadas, especialistas de atividades intelectuais, trabalhadores da indústria e da agricultura, representantes dos poderes legislativos, gestores executivos e trabalhadores não qualificados.

De acordo com a representação em Portugal da organização internacional não lucrativa “Fit for Work Europe”, as doenças reumáticas são as patologias crónicas mais prevalentes no adulto, motivando “um tremendo impacto”.

São ainda as doenças que consomem mais cuidados de saúde primários, que implicam maior incapacidade temporária (expressa em dias de baixa) e que são responsáveis por um maior número de reformas antecipadas por invalidez.

Lusa