Rui Nunes, Alexandre Valentim Lourenço, Bruno Maia, Carlos Cortes, Fausto Pinto e Jaime Branco são os seis candidatos a bastonário da Ordem dos Médicos (OM) para o triénio 2023/2025, cargo ocupado atualmente pelo médico urologista Miguel Guimarães, que termina agora o segundo mandato.

Além do bastonário, os 61.133 médicos vão eleger também os órgãos sociais da Assembleia de Representantes, do Conselho Superior, os órgãos regionais e sub-regionais dos conselhos disciplinares da Ordem dos Médicos.

Caso nenhum dos candidatos a bastonário obtenha a maioria necessária, haverá uma segunda volta que decorrerá entre 07 e 16 de fevereiro.

Um dos seis candidatos a bastonário é o especialista em Ginecologia e Obstetrícia e presidente no mandato que está a terminar do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos (OM), Alexandre Valentim Lourenço, que assentou a sua candidatura em três eixos que visam valorizar o médico, a Medicina e a Ordem, com o mote “Temos o poder de mudar”.

“Juntos pela Saúde” foi o lema do candidato Carlos Cortes, especialista em Patologia Clínica e presidente da Secção Regional do Centro da OM neste mandato, que se propõe a liderar uma Ordem “autónoma, independente e sempre interventiva, que não seja complacente ou submissa” e garante que será um bastonário “aglutinador e de proximidade”.

O neurologista Bruno Maia defende “uma Ordem próxima dos utentes e aberta à sociedade, que rompa com o conservadorismo e o elitismo”, tendo no topo das suas prioridades os utentes, o Serviço Nacional de Saúde e a carreira médica, sobretudo os médicos mais jovens e em situações de maior precariedade.

Já o reumatologista e professor catedrático Jaime Branco propõe-se “devolver a liderança das unidades de saúde aos médicos e garantir melhor gestão de recursos humanos e melhores cuidados de saúde às pessoas”, para dar resposta à crescente deterioração do SNS.

Rui Nunes, otorrinolaringologista e professor na Faculdade de Medicina na Universidade do Porto, disse que se candidatou para defender uma reforma “profunda e estrutural” do sistema de saúde, que modernize e articule os centros de saúde com os hospitais, e para criar condições para os médicos cumprirem a sua missão “através de uma magistratura de influência”.

O cardiologista e diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Fausto Pinto, também se candidatou ao cargo de bastonário dos médicos, com o objetivo de criar uma ordem “mais forte, independente, de rigor e excelência”, comprometendo-se a “defender e representar” todos os médicos do país.