“O Governo deve com urgência avançar com medidas dráticas e suficientes para poder salvar a pequenas e média”, sublinhou aquele que é o único deputado português na Assembleia Legislativa (AL) de Macau, que acompanhou o grupo na entrega da petição, esta tarde.
Segundo o responsável, o Governo de Macau deve conceder às PME empréstimos a fundo perdido, de forma a alavancar a situação “dramática” com que alguns empresários se deparam.
O cálculo para os empréstimos a fundo perdido, reforçou o deputado, “deve seguir as regras internacionais”, contabilizando o “volume de negócio e o número de empregados” de cada empresa.
Na opinião de José Pereira Coutinho, as medidas que o Governo já anunciou são insuficientes.
o Governo liderado por Ho Iat Seng tinha indicado em 31 de janeiro que ia antecipar para abril o pagamento da comparticipação pecuniária anual, no valor de 10 mil patacas (1.100 euros) e de seis mil patacas (690 euros) para residentes permanentes e não permanentes, respetivamente.
Em 13 de fevereiro, o Executivo anunciou mesmo benefícios fiscais para empresas e população, uma linha de empréstimos bonificados para as PME e medidas de apoio social para reduzir o impacto económico devido ao Covid-19.
“Aquilo que o Governo fez foi adiantar fundos e subsídios”, criticou o deputado.
O Governo vai também entregar vales de consumo eletrónicos para cada residente de Macau no valor de três mil patacas (350 euros), que podem ser utilizados em restaurantes, lojas, supermercados, entre outros.
Contudo, o deputado denunciou que muitos estabelecimentos não têm o equipamento para estes vales de consumo eletrónicos, tendo esta medida uma fraca incidência para o aumento das receitas das PME.
O número de infetados com o coronavírus Covid-19 em Macau desceu para três após uma nova alta hospitalar anunciada na terça-feira pelos Serviços de Saúde locais.
Dos 10 casos registados em Macau, este é o sétimo paciente a receber alta, continuando internadas outras três pessoas.
Casinos, parques públicos, trilhos, serviços públicos, zonas de lazer, espaços de ginástica na rua, parques infantis, entre outros, estão a ser abertos gradualmente.
O Governo de Macau ainda não tem data prevista para a abertura das escolas, encerradas desde o início do mês.
A ocupação hoteleira de Macau foi de 11,8% na semana passada, num território que antes do Covid-19 acolhia três milhões de visitantes mensais e em 2019 teve uma ocupação média de 90%, anunciaram as autoridades.
O território, que vive sobretudo do turismo proveniente da China Continental, já praticamente não recebe visitantes do país, que estão sem vistos para entrar em Macau, confrontados com restrições nas fronteiras e com o súbito e indeterminado cancelamento de voos desde que começou o surto, no final de 2019.
Macau recebe, neste momento, pouco mais de 4.000 visitantes por dia.
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