Os números são divulgados pela sociedade sem fins lucrativos Valormed, à qual está atribuída a responsabilidade de gestão dos resíduos de embalagens vazias e medicamentos fora de uso ou de prazo em Portugal.

Os resultados representam uma evolução de 7,6% em relação ao ano anterior e um rácio superior a 98 gramas por habitante, o que coloca Portugal em destaque no que diz respeito a esta fileira de resíduos.

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"A preservação do ambiente e questões de saúde pública, associadas à necessidade de segurança ligadas a uma eventual comercialização ou utilização indevida de medicamentos, foram as razões que há 20 anos motivaram o setor do medicamento em Portugal, liderado pela indústria farmacêutica e à qual se associaram de imediato os distribuidores farmacêuticos e as farmácias comunitárias, ao criarem uma fileira específica para a recolha e tratamento seguro e adequado deste tipo de resíduos", diz Luís Figueiredo, diretor-geral da Valormed.

"Hoje estamos certos, apesar do longo caminho que há ainda a percorrer, que a decisão foi acertada", acrescenta.

Resíduos encaminhados para tratamento

Todos os resíduos recolhidos foram encaminhados para o seu centro de tratamento, onde foram separados e classificados e, depois, cerca de 42%, correspondentes a materiais recicláveis foram encaminhados para operadores de gestão de resíduos responsáveis pela sua reciclagem, tendo os restantes sido enviados para incineração.

Assim, dos resíduos tratados, 584 toneladas tiveram como destino final a destruição, dos quais 91,4% foram alvo de incineração segura com valorização energética, e 408 toneladas para reciclagem (papel/cartão, plástico, vidro).

Os 188 embaladores aderentes voltaram mais uma vez a declarar um menor número de embalagens como colocadas no mercado (-10,34%).

A quase totalidade das cerca de 2.900 farmácias comunitárias existentes no território continental e regiões autónomas são aderentes ao sistema Valormed.