Segundo Fernando Leal da Costa, secretário de Estado da Saúde no governo de Passos Coelho entre 2011 e 2015, não foram dadas mais garantias sobre convenções entre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os Hospitais Senhor do Bonfim (HSB) para além das que foram assinadas.

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Porém, Manuel Agonia, proprietário e fundador do maior hospital privado do país, diz que seriam outras as garantias - nunca assinadas com o ministério e a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN) - que assegurariam o funcionamento das unidades. Porém, não terão sido cumpridas.

Apesar de o fundador afirmar que o hospital vale 250 milhões de euros, anualmente as receitas da unidade não ultrapassam os três milhões de euros, escreve o jornal Público. O hospital dá trabalho a 350 pessoas, mas parte delas estão com os ordenados em atraso há dois meses. As previsões antes da construção do empreendimento apontavam para a criação de 864 postos de trabalho e uma faturação anual de 44 milhões.

Com uma dívida de 22 milhões, Manuel Agonia reclama ao Estado o pagamento de 500 mil euros por serviços prestados ao Centro Hospitalar Póvoa de Varzim - Vila do Conde.

Unidade envolveu investimento de 100 milhões mas está às moscas

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O maior hospital privado do país está praticamente às moscas apesar de haver um parecer da Administração de Saúde do Norte a garantir que o Estado pouparia mais de dois milhões de euros por ano se garantisse uma parceria com este privado.

O Hospital Senhor do Bonfim foi inaugurado por Pedro Passos Coelho no final de 2014. O complexo envolveu um investimento de 100 milhões de euros. Apesar desta unidade ter tecnologia de ponta em exames de diagnóstico, não chega às populações do norte do país.

Por outro lado, a Póvoa de Varzim e Vila de Conde, dois concelhos do grande Porto, são servidas por um centro hospitalar composto por instalações antigas que, muitas vezes, não conseguem dar resposta às necessidades da população.

O hospital geral, com 113 quartos duplos e 15 individuais, conta com 241 camas e sete salas de bloco operatório. Para se ter uma ideia da dimensão, o maior hospital privado do Norte (CUF Porto) conta com 150 camas e o grupo Trofa Saúde, que atua na mesma área de influência do Senhor do Bonfim, tem 404 camas nas suas quatro unidades.

O complexo hospitalar em causa acolhe oito edifícios autónomos e foi pensado para apostar nos segmentos da geriatria e psiquiatria e também nas áreas de "turismo de saúde".

O projeto do Hospital Senhor do Bonfim é da responsabilidade do empresário Manuel Agonia e foi o único da área da saúde a ser declarado PIN- Potencial Interesse Nacional.

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